A boa gestão dos cuidados para o alívio da dor exige dos profissionais de saúde um correto e preciso diagnóstico, tarefa particularmente difícil em grupos vulneráveis como as pessoas não comunicantes verbais (Jordan et al., 2011). Quando as pessoas são incapazes de fazerem o auto-relato da dor é necessário analisar comportamentos típicos deste fenómeno como a expressão facial, verbalizações e vocalizações, movimentos e posturas do corpo, modificações nas relações interpessoais e alterações do seu estado mental (Herr e Decker, 2004). Para além do número reduzido de escalas desenvolvidas para a avaliação da dor em adultos não comunicantes verbais e não entubados, nem sempre foram suficientemente estudadas para a população para a qual foram desenvolvidas, comprometendo a validade e fiabilidade da avaliação. Cada uma das escalas existentes, apresenta pontos fortes e limitações, necessitando de estudos adicionais (Smith, 2005).
A avaliação das propriedades psicométricas das escalas para avaliar a dor em doentes adultos e idosos não entubados, com ou sem demência, internadas em serviços hospitalares por patologia médica e/ou cirúrgica e, incapazes de se auto-avaliarem são ainda escassos (Jordan et al., 2011). Por esta razão, urge encontrar uma escala que avalie a dor nestes doentes, apresente boas propriedades psicométricas e seja de fácil uso clínico. A escala PAINAD parece reunir estes requisitos.
Adaptação cultural e linguística da escala PAINAD
Avaliação das suas propriedades psicométricas
01/01/2010
01/01/2014
Self-care and health-disease