JUSTIFICAÇÃO:
É reconhecido que os adolescentes com cancro enfrentam problemas muito complexos e têm necessidades especiais, considerando as experiências de intenso sofrimento derivadas da doença numa fase crítica do seu desenvolvimento. Vários estudos têm destacado a importância dos profissionais de saúde compreenderem o sentido da experiência e os modos de ajustamento e adaptação dos adolescentes aos processos de evolução da doença e dos respetivos tratamentos. Essa compreensão facilitará a sensibilidade e a proficiência relacional essenciais para uma intervenção cuidativa mais positiva face às experiências destes doentes.
Os estudos que se têm vindo a realizar sobre as experiências subjetivas e a adaptação à doença e às novas circunstâncias de vida dos adolescentes com cancro correspondem na sua grande maioria a investigações quantitativas, transversais e com o recurso a instrumentos estruturados, que tendem a modular as respostas dos adolescentes e, como resultado, a apresentar uma visão redutora e estática desses fenómenos.
OBJETIVOS:
Desenvolver uma teoria fundamentada nos dados, compreensiva dos processos e experiências de transição adaptativa dos adolescentes com doença onco-hematológica durante a fase de tratamento.
- Caracterizar as experiências subjetivas e as conceções da doença destes adolescentes ao logo da fase de tratamento;
- Identificar os modos como estes adolescentes lidam com a doença, as suas manifestações e tratamentos;
- Analisar os processos de transição destes adolescentes para estados de maior adaptação, identificando condições facilitadoras e inibidoras dessas transições e os modos de valorização e integração das mudanças adaptativas.
TIPO DE ESTUDO:
Investigação qualitativa: Grounded Theory.
POPULAÇÃO:
Adolescentes (12-18 anos) em fase de tratamento de doença onco-hematológica;
Adolescentes que terminaram a o tratamento para doença onco-hematológica há menos de 2 anos.
Em desenvolvimento
Self-care and health-disease