Os estudos mostram que os doentes com insuficiência cardíaca experienciam frequentemente sintomas depressivos e ansiosos e que, segundo metanálise de Rutledge (2006), a prevalência de depressão clinicamente significativa é de 21% nestes doentes. Por outro lado, há uma forte evidência de que a depressão aumenta o risco de mortalidade e morbilidade em doentes com doença cardíaca coronária, uma das causas de cerca de metade dos casos com insuficiência cardíaca (Williams et al, 2002; Rumsfeld et al, 2003) e de que esta está associada com a mortalidade tanto em doentes hospitalizados como em ambulatório (Jiang et al, 2001; Jiang et al, 2004).
Contudo, é sabido que a sintomatologia ansiosa e depressiva se encontra subavaliada nos doentes internados por doenças médicas e cirúrgicas (Mendes et al, 2003; Madden, 2006), indicando-se que a utilização de escalas que permitam uma fácil identificação destes sintomas possa ser útil para melhor identificação dos casos e mais precoce intervenção. Esta subavaliação pode ser particularmente importante em doentes com insuficiência cardíaca pois um número importante de sinais e sintomas da doença cardíaca se sobrepõem aos da ansiedade e da depressão (Thomas et al, 2008).
Aop mesmo tempo reconhece-se que para introduzir uma alteração de procedimentos de avaliação pela equipa de enfermagem é necessário que se demonstre empiricamente a existência de sub-identificação de casos e a vantagem do uso de instrumentos de screening.
O objectivo deste estudo é identificar a presença de sintomas depressivos e ansiosos em doentes internados com IC e analisar se há controlo sobre a sintomatologia nos doentes internados com IC.
01/01/2012
01/01/2024
Self-care and health-disease