A pertinência da temática surge no contexto atual das prioridades em saúde, que consistem em considerar a avaliação da intensidade da dor como o 5.º sinal vital. A avaliação da dor é considerada o primeiro passo para se conseguir um eficaz controlo da dor.
O padrão de ouro de avaliação da dor na criança a partir dos 6 anos é o auto-relato. No entanto enfermeiros e pais (acompanhante significativo) só poderão avaliar a dor da criança através de critérios pessoais, mesmo que auxiliados por escalas de hetero-avaliação.
Alguns estudos indicam que a dor relatada pela criança é normalmente superior à percecionada pelos pais e enfermeiros.
Nas situações clínicas onde a avaliação dos pais ou enfermeiros são o único recurso importa saber se esta avaliação se aproxima do auto-relato da criança. Por esta razão, é importante avaliar qual a correlação que existe entre a avaliação da intensidade da dor por parte das crianças, pais/ acompanhantes significativos e enfermeiros.
Trata-se de um estudo descritivo correlacional, a realizar no Serviço de Internamento do Centro Cirúrgico de Coimbra, cujos participantes são crianças com idades compreendidas entre os 5 e os 17 anos, seus pais/ acompanhante significativo e enfermeiros.
A avaliação da intensidade da dor pela criança será realizada com recurso a uma escala analógica visual (EVA) para crianças e uma escala de hetero-avaliação (FLACC) para pais e enfermeiros.
Com este estudo pretendemos contribuir para uma melhor avaliação da dor nas crianças, principalmente naquelas que pela sua condição clínica são incapazes de se autoavaliarem, e dessa forma contribuir para um melhor controlo da dor.
01/01/2015
01/01/2016
MANAGEMENT OF PAIN AND SUFFERING IN CHILDREN AND ADOLESCENTS
Self-care and health-disease