Introdução: O cuidado farmacoterapêutico tem o contributo dos profissionais de saúde a fim de otimizar o uso de medicamentos e melhorar os resultados de saúde. Os enfermeiros assumem responsabilidades significativas neste cuidado. [1] Eles são profissionais bem treinados com competências que contribuem para cuidados farmacoterapêuticos de qualidade. Pesquisas anteriores mostraram que os enfermeiros experimentam um grande número de barreiras na gestão segura dos medicamentos relacionado com a monitorização e cooperação interdisciplinar [2] Os benefícios de uma estreita colaboração entre médicos e farmacêuticos no contexto da continuidade dos cuidados farmacoterapêuticos são claros. [3] No entanto, os papéis dos enfermeiros nem sempre são explícitos, claros e distintos de outros profissionais, o que pode complicar o trabalho em equipa multidisciplinar. A gestão do cuidado farmacoterapêutico requer uma abordagem multidisciplinar e uma comunicação interprofissional essencial para a prevenção dos erros de medicação cuja funçao dos enfermeiros não pode ser enfatizada dos demais. [4] A função dos enfermeiros no cuidado farmacoterapêutico difere, legalmente e na prática, em toda a Europa. Responsabilidades, tais como educação do doente, apoio, monitorização da adesão e vigilância dos doentes para possíveis efeitos adversos dos medicamentos, podem não ser cumpridas. Apenas uma minoria de enfermeiros treinam para se tornarem prescritores não médicos, e muitos deles não optam por prescrever regularmente. A colaboração multidisciplinar e a comunicação interprofissional são essenciais.

Objetivos: Descrever a função do enfermeiro no cuidado farmacoterapêutico, no seio da equipa de saúde em diferentes países Europeus; Analisar a função do enfermeiro na equipa de saúde quanto ao cuidado farmacoterapêutico; Identificar barreiras à gestão segura do medicamento relacionadas com a monitorização, notificação e cooperação na equipa de saúde.

Método: Estudo descritivo transversal envolvendo enfermeiros, médicos e farmacêuticos de 15 países europeus selecionados com base numa amostragem de conveniência.

O número de participantes é determinado com o objetivo de obter um perfil representativo da função dos enfermeiros em cada país, das opiniões dos diferentes prestadores de cuidados de saúde e das diferenças entre países. Para avaliar a prevalência do envolvimento dos enfermeiros nos diferentes aspetos do cuidado farmacoterapêutico, com uma precisão de 5%, uma estimativa de prevalência de 50% do tamanho da população infinita, foi estimada uma amostra para cada país de 385 enfermeiros. Por país, prevemos incluir no mínimo 400 enfermeiros, 50 farmacêuticos e 100 médicos.

Os dados serão recolhidos por um questionário via online. Os países europeus foram contatados através da European Academy of Nursing Science (EANS), Sigma Theta Tau International (STTI) e de parceiros da equipa de investigadores do grupo de pesquisa Nurse and Pharmaceutical Care (NuPhaC), que lideraram este projeto.

A análise dos dados será realizada com recurso ao Statistical Package for the Social Sciences® (SPSS®) versão 24.0. Devido à natureza descritiva deste estudo, serão utilizados principalmente medidas estatísticas descritivas. A função dos enfermeiros será descrita por país e, em geral. Serão exploradas diferenças de opinião entre farmacêuticos, médicos e enfermeiros. Para avaliar a significância estatística das diferenças entre os grupos (p

Descrição dos objetivos gerais

 Descrever a função do enfermeiro no cuidado farmacoterapêutico, no seio da equipa de saúde em diferentes países Europeus; Analisar a função do enfermeiro na equipa de saúde quanto ao cuidado farmacoterapêutico; Identificar barreiras à gestão segura do medicamento relacionadas com a monitorização, notificação e cooperação na equipa de saúde;

Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem

Escola Superior de Enfermagem de Coimbra

Universiteit Antwerpen, Faculty of Medicine and Health Sciences

University of applied sciences, Utrecht