Funcionalidade e qualidade de vida em doentes vítimas de Acidente Vascular Cerebral isquémico: estudo da influência do período de tempo decorrido entre alta clínica e saída efectiva, e do encaminhamento pós-hospitalar.
A afirmação tempo é cérebro tem particular significado no período imediato a ter ocorrido um acidente vascular cerebral (AVC), sendo determinantes para a recuperação funcional e qualidade de vida, as medidas terapêuticas tomadas no mais breve intervalo de tempo.
Continuando Portugal a apresentar a maior incidência de AVC entre os países da União Europeia, tornam-se relevantes em termos socioeconómicos e de cuidados de saúde os níveis de sofrimento psicológico e dependência física/ funcional, transitória ou definitiva, com profundas repercussões na qualidade de vida do indivíduo e dos familiares envolvidos.
Os cuidados de saúde estabilizam o doente, previnem complicações potenciais, iniciam a prevenção secundária e os processos de reabilitação. Os factores tempo e organização, entre outros, são aspectos fundamentais ao longo do processo terapêutico. Algumas dificuldades surgem aquando da alta hospitalar: a permanência em internamento, hospitalizado, aguardando o resgate familiar ou vaga numa rede nacional de cuidados continuados (sobrecarregada), induz outros problemas e acréscimo de sofrimento, comprometendo a qualidade de vida.
De forma prospectiva, estudar-se-ão doentes vítimas de um primeiro episódio de acidente vascular cerebral isquémico, atendendo ao tempo de hospitalização além do clinicamente necessário e ao percurso pós-hospitalar adoptado.
Objectivos específicos:
1 – Avaliar e comparar a evolução dos parâmetros/ indicadores de funcionalidade e de qualidade de vida, obtidos na admissão, na alta clínica, aos 30 e 90 dias após o AVC.
2 – Analisar esta evolução em função do nº de dias decorridos entre a alta e a saída efectiva do doente.
3 – Analisar esta evolução em função do destino após a alta.
População
Doentes vítimas de acidente vascular cerebral isquémico
Pertinência no quadro atual das prioridades de saúde:
Programa Nacional para as Doenças Cérebro-cardiovasculares
(http://www.portaldasaude.pt/portal/conteudos/a+saude+em+portugal/politica+da+saude/programas+nacionais/programas+prioritarios.htm#a3)
Descrição
Desta conjugação será possível obter uma redução significativa da carga global de doença cérebro-cardiovascular com relevante impacto social.
Objetivos de impacto:
Redução da mortalidade intra hospitalar global por acidente vascular cerebral para 13% em 2016.
Objetivos operacionais:
Publicação anual de Indicadores Assistenciais Vias Verdes coronárias e do Acidente vascular cerebral (AVC).
Incremento do número de admissões através das vias verdes por enfarte agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral em 10% (total nacional) até 2016.
Incremento do número global de doentes submetidos a terapêutica fibrinolítica no acidente vascular cerebral em 30% até 2016.
01/01/2015
Em desenvolvimento
Self-care and health-disease