Introdução: O envelhecimento demográfico traduz um fenómeno que configura a sociedade portuguesa como hiper envelhecida (Coulmas, 2007; Luz, 2019), impondo face à procura crescente às instituições de idosos, adaptações nestas estruturas, com o intuito de melhor potenciar, quer a qualidade de vida em instituição, quer a qualidade dos serviços provisionados.

Objetivos: Compreender de que forma a MCH, facilita a prestação de cuidados em ERPI e o contributo da mesma para o sistema organizacional. Identificar a perceção dos profissionais relativa aos benefícios e dificuldades da implementação da MCH na prática dos cuidados. Compreender os benefícios/ oportunidades e os constrangimentos da implementação da MCH no sistema organizacional/instituição

Metodologia: Estudo de caso de natureza organizacional (Yin, 2001), ao longo de 6 meses. A amostra, coincidente com o universo da população, reuniu profissionais de diferentes áreas, integrados numa Estrutura Residencial para Idosos (ERPI), com certificação em Humanitude, oriunda de uma Instituição Particular de Segurança Social do Norte do país. Na recolha dos dados será utilizada a Sequência Estruturada dos Procedimentos Cuidativos Humanitude (Simões, Salgueiro & Rodrigues 2012), para observação das práticas de cuidados; guião de recolha de dados institucionais e uma entrevista semiestruturada a realizar aos profissionais e direção técnica. O tratamento de dados beneficiará do Software Statistical Package for Social Science, versão 23.0 e da técnica de análise de conteúdo (Bardin, 2016).

• Compreender de que forma a Metodologia de Cuidado Humanitude (MCH) facilita a prestação de cuidados em Estrutura Residencial para Pessoas Idosas (ERPI) e o contributo da mesma para o sistema organizacional.
  
  
• Identificar a perceção dos profissionais relativa aos benefícios e dificuldades na implementação da MCH na prática dos cuidados.
  
  
• Compreender os benefícios/ oportunidades e os constrangimentos da implementação da MCH no sistema organizacional/instituição

Instituto Gineste-Marescotti Portugal

Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra

Arca, B. (2007). Apoio familiar e institucional à pessoa idosa. In. F. Pinto & A. Cabral (Coords.), As Pessoas Idosas- Contexto Social e Intervenção Educativa. (269-280). Lisboa. Instituto Piaget.

Brízido, A. (2017). Cuidar da velhice em Humanitude: como regular a humanização dos serviços de saúde. (Mestrado em Direito Internacional e Europeu). Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa. Recuperado de: https://run.unl.pt/bitstream/10362/21908/1/Brizido_2017.pdf

Cabral, J., Silva, A., Mattos, I., Neves, A., Luz, L., Ferreira, D., Santiago, L. & Carmo, C. (2019). Vulnerabilidade e fatores associados em idosos atendidos pela Estratégia Saúde da Família. (Portuguese). Revista Ciência & Saúde Coletiva, 24(9), 3227-3236. Recuperado de https://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&AuthType=ip,cookie,shib,uid&db=edo&AN=138539734&lang=pt-pt&site=eds-live&scope=site

Cavaleiro, A., Queirós, P., Azeredo, Z., Apóstolo, J., & Cardoso, D. ( 2013). Perturbações afectivo-emocionais no contexto de cuidados em cuidados continuados. Journal of Aging & Inovation, 2(1), 4-17.

Cocco, E. (2010). How much is geriatric caregivers burnout caring-specific? Questions from a questionnaire survey. Clinical Practice & Epidemiology in Mental Health, 6, 66-71

Cueca, N. (2010). Principios de organización. Instrumentos para la Gestión. In.R.Atienza (Coords.), Dirección Y Gestión de Residencias Geriátricas. (105-125). Jaén. Formación Alcalá.

Dantas, C., Bello, F., Barreto, K., & Lima, L. (2013). Capacidade funcional de idosos com doenças crônicas residentes em Instituições de Longa Permanência. Rev Bras Enferm, 66(6), 914-920.

Figueiredo, A., Melo, R., & Ribeiro, O. (2018). Metodologia de cuidado humanitude: dificuldades e benefícios da sua implementação na prática. Revista de Enfermagem Referência. IV (17), 1-10.

GCPAS & CID.( s/d). Manual de Boas Práticas- Um guia para o acolhimento residencial das pessoas mais velhas.[PDF]. Retrieved from: http://www.seg-social.pt/documents/10152/14714/acolhimento_residencial_pessoas_mais_velhas/cab532a6-b2c8-4ab8-b164-ef0235b894c7

IGM Portugal. (s/d). A Metodologia Gineste-Marescotti: cuidar em Humanitude. Acedido em 10 de abril de 2019 em : http://www.humanitude.pt/?tag=igm-portugal

Lima, P. (2010). Envelhecimento(s), Estado da Arte. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra.

Luz, H. (2017, setembro). Problemas sociais complexos - wicked problems - e intermediação das organizações de economia social: Estratégias adaptativas no campo do envelhecimento ativo (EA) . Paper presented XVII Congresso AHILA, Valência.

Melo, R., Pereira, C., Fernandes, E., Freitas, N., & Melo, A. (2017). Prevenção de quebras cutâneas no idoso dependente: Contributo da metodologia de cuidar humanitude. Millenium, 2(3), 45-51.

Melo, R., Queirós, P., Tanaka, L., Salgueiro, N., Alves, R., Araújo, J. & Rodrigues, A. (2017). Estado da arte da implementação da metodologia de cuidado em Humanitude em Portugal. Revista de Enfermagem Referência, IV (13), 53-62.

Melo, R., Soares, I., Manso, M., Gaspar, V. & Melo, A. (2017). Redução da agitação nas pessoas idosas com demência durante os cuidados de higiene: Contributo da Metodologia de Cuidar Humanitude. Millenium, 2(ed espec nº2), 57-63.

Ordem dos Enfermeiros Sul (2013, 11 de setembro). O Enfermeiro nas Estruturas Residenciais de Idosos. Retrieved from: https://www.ordemenfermeiros.pt/sul/noticias/conteudos/o-enfermeiro-nas-estruturas-residenciais-de-idosos/

Organização Mundial de Saúde. (2017, 12 December). Mental health of older adults. Retrieved from: https://www.who.int/en/news-room/fact-sheets/detail/mental-health-of-older-adults

Rodrigues, R., Loureiro, L., Crespo, S., & Silva, C. (2014). Os muito idosos: Avaliação da Funcionalidade na área de saúde mental. Revista Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental, (12), 25–33. Recuperado de https://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&AuthType=ip,cookie,shib,uid&db=edssci&AN=edssci.S1647.21602014000300004&lang=pt-pt&site=eds-live&scope=site

Simões, M. (2013). Cuidar em Humanitude Método de Gineste e Marescotti Aplicado a Pessoas Internadas em Cuidados Continuados (Tese de Doutoramento em Enfermagem). Universidade Católica Portuguesa, Instituto de Ciências da Saúde.

Simões, M., Salgueiro, N., & Rodrigues, M. (2012). Cuidar em Humanitude: estudo aplicado aos cuidados continuados. Revista de Enfermagem Referência, 6, 81-93. Consultado dia 25 de julho de 2019. Disponível em: http://www.scielo.mec.pt/pdf/ref/vserIIIn6/serIIIn6a08.pdf

Sobreiro, V. (2009). Sou tudo e não sou nada: as funções de director técnico nos organismos de apoio social a crianças e idosos no concelho de Caldas da Rainha. (Dissertação de Mestrado em Política Social). Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, Lisboa.

Zamora, Z., & Sánchez, Y. (2008). Percepción de sobrecarga y nivel de burnout en cuidadores formales del adulto mayor institucionalizado. Enseñanza e Investigación en Psicología, 13 (1), 127-142.