O cancro é uma das principais causas de doença nas crianças/adolescentes, estando ainda associada a uma representação simbólica da morte, incurabilidade e intenso sofrimento. Para os pais, o diagnóstico de uma doença crónica é um dos episódios mais stressantes que podem experimentar. A perceção que têm acerca da doença, bem como o seu ajustamento emocional e o modo como lidam com a situação adquire um relevo essencial, pois os tratamentos têm que ser geridos no quotidiano familiar. É natural que num contexto de desequilíbrio emocional e funcional, os pais sintam insegurança, ansiedade e sobrecarga nos cuidados a prestar ao seu filho, podendo viver uma experiência de distresse. Esta pode ser influenciada por algumas variáveis como o tipo de cancro, as expectativas de sobrevivência, o tipo de tratamento e a percepção de doença. Neste contexto, a investigação tem como finalidade melhorar o conhecimento sobre a noção que os pais têm acerca da doença oncológica dos filhos e sobre a sua condição de stress. Esse conhecimento facilitará a compreensão dos profissionais e a comunicação. Por outro lado, conhecendo as dimensões mais afectadas no bem-estar dos pais, os profissionais ficarão mais atentos a situações com necessidade de ajuda ou intervenção especializada.
Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo-analítico e transversal, pelo que os dados serão colhidos no Serviço de Oncologia Pediátrica do Hospital Pediátrico de Coimbra através da aplicação de um questionário auto-administrado ao pai/mãe de criança/adolescente com doença oncológica após 3 meses do diagnóstico clínico.
01/01/2014
Em desenvolvimento
Self-care and health-disease