Respostas Humanas e Ajustamento Psico-Social da pessoa sujeita a transplante cardíaco

O adoecer gera crises e momentos de desestruturação para o próprio e para a família. A forma como cada pessoa encara a sua situação de doença, está relacionada com os hábitos de vida, as crenças e valores, o contexto social, a personalidade e os mecanismos de coping que caracterizam a pessoa como ser único que é (Bennett in Nunes, 2008). No caso da transplantação cardíaca, esta representa num plano real e simbólico, a morte e a vida. As ideias de morte provocadas pela doença cardíaca terminal, pelo coração doente e disfuncional, começam a caminhar lado a lado com a perspetiva de uma nova oportunidade que adquire características de ressurreição. Por outro lado a constante ameaça de rejeição, a incerteza do prognóstico a longo prazo, a aceitação psicológica ambivalente do coração de outro indivíduo, são potenciais fontes de perturbação emocional, fazendo do pós-transplante um período de grande exigência (Tavares, 2004). Desconhece-se, no entanto, o impacto que a ansiedade e a depressão possam ter no melhor ajustamento emocional destes doentes. Com o objectivo de estudar a influência da ansiedade e depressão no pós-transplante no ajustamento à doença será constituída uma amostra de doentes ao 5º dia pós-transplante, no período de Março a Dezembro de 2011, e follow-up ao 21º dia. A ansiedade e depressão serão avaliadas através de HADS (Zigmond e Snaith, (1983), versão portuguesa, Pais-Ribeiro et al, 2007) e o ajustamento psicossocial através da EAPD-AA (Derogatis e Derogatis (1990), traduzida por Renata Schildberger e Carvalho Teixeira, 1993)

Informação do projeto

  • Data de início

    01/01/2011

  • Data de conclusão

    01/01/2024

  • Linha Temática

    Self-care and health-disease

  • Target population
    • Pessoas pós transplante cardíaco
  • Project Team
    • Paula Cristina Pires Silveira Madeira RI
    • Aida Maria de Oliveira Cruz Mendes