A telessaúde tem vindo a ser utilizada no apoio à transição do cuidado e à autogestão da pessoa em contexto de oncologia de ambulatório. Apesar do reconhecimento do seu valor, a evidência científica aponta para desigualdades na implementação da telessaúde que podem comprometer a equidade no acesso ao cuidado. Este projeto de estudo associado visa promover a implementação de recomendações de melhores práticas para adoção de telessaúde no contexto de oncologia de ambulatório, bem como desenvolver ferramentas de saúde digital que promovam o apoio à autogestão da pessoa em tratamento oncológico de ambulatório, à distância. Na tarefa 1 será seguida a abordagem da JBI para a implementação de evidência, com o objetivo de promover as boas práticas na adoção de telessaúde num serviço de oncologia de ambulatório. Na tarefa 2 e 3 serão desenvolvidas e testadas duas ferramentas de saúde digital: um sistema de apoio à decisão do enfermeiro no processo de apoio à autogestão de sintomas e uma aplicação de automonitorização de sintomas para a pessoa em tratamento oncológico. Espera-se que o projeto permita identificar barreiras e facilitadores para a implementação da telessaúde em oncologia de ambulatório e desenvolver um plano estratégico para sua adoção. A adoção bem-sucedida da telessaúde de acordo com a melhor evidência disponível tem o potencial de aumentar a equidade no acesso aos cuidados de saúde e a qualidade dos cuidados à distância.
O presente estudo tem como objetivo geral promover o apoio à gestão de sintomas e do bemestar à distância, no contexto de oncologia ambulatorial.
Os objetivos específicos descrevem-se abaixo:
Objetivo 1. Promover a adoção de intervenções de telessaúde para apoio à autogestão
Objetivo 2. Compreender as perspetivas da pessoa em tratamento oncológico e dos profissionais de saúde em oncologia de ambulatório sobre soluções de saúde digital e em particular, sobre telessaúde.
Objetivo 3. Desenvolver ferramentas digitais facilitadoras do apoio à gestão de sintomas e do bem-estar à distância
A pesquisa em questão representa um avanço no campo da telessaúde, especialmente no contexto de oncologia de ambulatório. A utilização da telessaúde para apoiar a transição do cuidado e a autogestão da pessoa é crucial, mas as desigualdades na sua implementação podem comprometer a equidade no acesso aos cuidados. Este projeto inovador tem como objetivo principal promover a implementação de melhores práticas na adoção da telessaúde em serviços de oncologia ambulatória. Através da aplicação da abordagem da JBI para a implementação de evidência, serão desenvolvidas recomendações sólidas para a utilização da telessaúde, garantindo assim a qualidade do cuidado à distância. Além disso, o desenvolvimento de ferramentas digitais, como um sistema de apoio à decisão para enfermeiros e uma aplicação de automonitorização de sintomas para a pessoa, é um passo crucial para melhorar a autogestão dos sintomas. Espera-se que este projeto não só
identifique os desafios na implementação da telessaúde em oncologia ambulatória, mas também forneça soluções práticas, contribuindo assim para um plano estratégico eficaz. Uma implementação bem-sucedida dessas práticas baseadas em evidência tem o potencial de não apenas aumentar a equidade no acesso aos cuidados de saúde, mas também elevar a qualidade dos cuidados à distância, beneficiando assim a sociedade e os cidadãos.
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