Adaptação à reforma e satisfação com a vida conjugal em casais a partir da meia-idade

A reforma envolve mudanças em diversos aspetos da vida do indivíduo e família o que implica adaptações e, consequentemente, novas reorganizações dos padrões familiares e a estruturação de novos papéis sociais (Loureiro et al., 2015).
A reorganização implica capacidade de dividir tarefas, que se feita equitativamente e mantida uma atitude positiva de acordo com os papéis que ambos desempenham é percetível uma maior satisfação conjugal (Afonso, 2018), do que quando os casais não conseguem esta adaptação.
A par da reforma ocorre, muitas vezes, a saída dos filhos de casa, surgindo, também aqui, a necessidade de restruturar a relação conjugal. A este associa-se ainda não ter horários para cumprir e não estar encarregue da maioria das tarefas parentais, podendo levar a uma maior satisfação conjugal (Afonso, 2018; Lopes, 2008), ou pelo contrário, a uma menor satisfação, pela maior disponibilidade de tempo possibilitando o confronto com hábitos que
anteriormente não foram identificados ou mesmo que não eram expectáveis (Loureiro et al, 2015)
Pretende realizar-se um estudo quantitativo, descritivo e correlacional, numa amostra de famílias inscritas na Unidade de Saúde Familiar Rainha Santa Isabel – Polo de Almalaguês. Utilizar-se-á um questionário com variáveis de caracterização sociodemográfica a Escala de Posicionamento face à Adaptação à Reforma EPFAR (Loureiro et al., 2015) e a Escala de
Avaliação da Satisfação em Áreas da Vida Conjugal EASAVIC (Narciso & Costa, 1996).
Tem como objetivo: avaliar a adaptação à reforma e a satisfação com a vida conjugal em casais a partir da meia idade.
A partir dos resultados obtidos pretende-se construir um projeto de melhoria continua da qualidade nas práticas clínicas com as famílias nesta fase do ciclo vital.

Este estudo pretende dar resposta ao objetivo do projeto estruturante, “Investigação e Ação em Saúde Familiar”, nomeadamente: Estabelecer parcerias com as redes formais e informais das comunidades visando a capacitação das famílias para a promoção da saúde.
- Analisar a adaptação à reforma em casais em que pelo menos um dos membros está
reformado;
- Conhecer a satisfação com a vida conjugal dos casais após a reforma;
- Identificar a relação entre a adaptação à reforma e a satisfação com a vida conjugal.

 

A partir dos resultados obtidos construir um projeto de melhoria continua da qualidade nas práticas clínicas com as famílias nesta fase do ciclo vital.

  • Escola Superior de Enfermagem de Coimbra
  • ARS Centro
  • Afonso, J. (2018). Relação conjugal ao longo do ciclo vida: satisfação, comunicação, motivação, coesão e adaptabilidade (Tese de doutoramento). ISPA – Instituto Universitário Ciências Psicológicas Sociais da vida.

    Decreto-Lei n.º 108/2019 de 13 de agosto. Diário da República nº 154/2019 – 1.ª Série. Presidência do Conselho de Ministros. Lisboa, Portugal.

    Figueiredo, M. H. (2012). Modelo Dinâmico de Avaliação e Intervenção Familiar: Uma Abordagem Colaborativa em Enfermagem de Família. Loures, Portugal: Lusociência e Sabooks Editora.

    Lopes, S. (2008). Influências familiares na conjugalidade: o clima relacional na família de origem, a satisfação conjugal e a proximidade conjugal (Dissertação de Mestrado). Universidade de Lisboa – Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação.

    Loureiro, H., Ângelo, M., Silva, M., & Pedreiro, A. (2015). Como as famílias portuguesas percecionam a transição para a aposentação. Revista de Enfermagem Referência, 4(6), 45-54.

    Loureiro, H., Mendes, A., Fernandes, A., Camarneiro, A., Fonseca, A., Veríssimo, M., …, Ângelo, M. (2015). REATIVA: programa promotor de um envelhecimento ativo. Coimbra, Portugal: Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem (UICISA: E) / Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC).

    Loureiro, H., Pedreiro, A., Silva, M., Camarneiro, P., & Loureiro, I. (2017). Retrato do Ajustamento Conjugal à Transição para a Aposentação: Estudo Qualitativo com Casais Portugueses. CIAIQ 2017, 2.

    Portaria n.º 53/2021 de 10 de março. Diário da República nº 48/2021 – 1.ª Série. Trabalho, Solidariedade e Segurança Social. Lisboa, Portugal.

    Relvas, A. (1996). O ciclo vital da família: Perspetiva sistémica (591ª ed.). Porto, Portugal: Edições Afrontamento.

    Santos, A. (2018). A transição da vida ativa para a reforma (Dissertação de Mestrado). Universidade de Lisboa – Instituto Politécnico de Ciências Sociais e Políticas.

    Vieira, S. (2015). A satisfação conjugal, a personalidade e a satisfação com a vida na conjugalidade (Dissertação de Mestrado). Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias – Escola de Psicologia e Ciências da Vida.

    Informação do projeto

    • Data de Início

      01/01/2022

    • Data de conclusão

      01/01/2025

    • Projeto Estruturante

      Investigação e Ação em Saúde Familiar

    • Linha Temática

      Well-being and Health Promotion

    • Palavras-chave
      • : Enfermagem Familiar
      • Aposentadoria
      • Pessoa de Meia-Idade
      • Relacionamento Conjugal
    • Equipa de Projeto
      • Ana Luísa Mota Maurício Magalhães IR
      • Margarida Alexandra Nunes Carramanho Gomes Martins Moreira Silva
      • Ana Paula Forte Camarneiro
      • Tânia de Fátima Simões Rodrigues