As famílias monoparentais correspondem a uma tipologia familiar em que existe uma figura parental única, com a presença de uma ou mais crianças, representada pelo género que lidera a figura parental (Figueiredo, 2020). Em Portugal, o número de agregados domésticos monoparentais duplicou nos últimos 20 anos (PORDATA, 2022) e há estudos que revelam que
as famílias monoparentais apresentam alterações nas circunstâncias económicas e mais situações de instabilidade na vida (Hill, Yeung, & Duncan; McLanahan como referido por Harckness, Salgado e Gregg, 2020). Este estudo tem como objetivo identificar as dificuldades e as necessidades sentidas pelas famílias monoparentais e analisar a perceção destas famílias
sobre o papel do enfermeiro de família e dos cuidados de saúde primários. Tendo em conta os objetivos, será realizado um estudo qualitativo e descritivo com a analise de conteúdo proposta por Bardin (2013), com as categorias do Modelo Dinâmico de Avaliação Intervenção Familiar de Figueiredo (2012).
Com os resultados obtidos, espera-se construir um projeto de melhoria continua da qualidade a instituir em consulta de enfermagem de saúde familiar.
Este estudo pretende dar resposta aos objetivos do projeto estruturante, onde se insere “Investigação e Ação em Saúde Familiar”, nomeadamente, “Identificar as necessidades e as dificuldades sentidas pelas famílias monoparentais com filhos até aos 18 anos, inscritos no ficheiro da Enfermeira Orientadora Cooperante” e “Analisar a perceção das famílias monoparentais com filhos até aos 18 anos, inscritos no ficheiro da Enfermeira Orientadora Cooperante, sobre o papel do Enfermeiro de Família e dos Cuidados de Saúde Primários.
Espera-se que sejam identificadas as necessidades e as dificuldades sentidas pelas famílias monoparentais, e que a partir desses dados seja construído um projeto de melhoria continua da qualidade a instituir em consulta de enfermagem de saúde familiar.
Figueiredo, M. (2020). Modelo dinâmico de avaliação e intervenção familiar: uma abordagem colaborativa em enfermagem de família. Loures, Portugal: Lusociência.
Gameiro, J. (1992). Voando sobre a psiquiatria: análise epistemológica da psiquiatria contemporânea. Porto, Portugal: Edições Afrontamento.
Harckness, S., Salgado-Fernandez, M. & Gregg, P. (2020). The Rise in Single-Mother Families and Children’s Cognitive Development: Evidence From Three British Birth Cohorts. Child Development, 91(5),
1762-1785. Doi: 10.1111/cdev.13342
Marinho, S. (2014). Famílias monoparentais em Portugal: linhas de continuidade e de transformação nas duas últimas décadas. Lisboa, Portugal: Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. Recuperado de https://www.researchgate.net/publication/315542163
PORDATA – Estatísticas sobre Portugal e a Europa (2021). Agregados domésticos privados monoparentais: total e por sexo. Recuperado de
https://www.pordata.pt/Portugal/Agregados+dom%C3%A9sticos+privados+monoparentais+total+e+por+sexo-20
Relvas, A. P. (1996). O ciclo vital da família – Perspetiva sistémica. Porto, Portugal: Edições Afrontamento.
Regulamento n.º 428 de 16 de julho de 2018. Diário da República n.º 135, II Série. Ordem dos Enfermeiros. Lisboa, Portugal. P.19354-19359
01/01/2022
01/01/2026
Investigação e Ação em Saúde Familiar
Well-being and Health Promotion