Enquadramento: O peso da morbilidade e mortalidade a nível mundial, resultante das infeções sexualmente transmissíveis (IST), determina a qualidade de vida, bem como a saúde sexual e reprodutiva, e a saúde de recém-nascidos e crianças. As IST facilitam também, indiretamente, a transmissão sexual da infeção VIH e conduzem a alterações celulares que precedem alguns cancros.
Anualmente ocorrem 357 milhões de novos casos de IST curáveis, entre os 15 e os 49 anos de idade. A prevalência de algumas IST virusais é também elevada, com 417 milhões de pessoas infetadas com Herpes Simples tipo 2 e, aproximadamente, 291 milhões de mulheres com HPV (WHO, 2016). Estas epidemias têm um profundo impacto na saúde e na vida de crianças, adolescentes e adultos em todo o mundo: mortes fetais e neonatais; cancro cervical; infertilidade; risco de VIH. As consequências físicas, psicológicas e sociais das IST comprometem gravemente a qualidade de vida dos infetados (WHO, 2016).
A OMS tem, como objetivo major de Saúde Pública, pôr fim às epidemias de infeções sexualmente transmissíveis até 2021. Os alvos para 2030 são: erradicação da sida; redução em 90% do Treponema pallidum e da Neisseria gonorreia; reduzir em 50%, ou menos casos, os casos de sífilis congénita por 100 mil nados vivos em 80% dos países; manter uma cobertura nacional de 90%, no mínimo de 80%, por região, da vacina HPV em países com programa de imunização nacional (WHO, 2016).
Objetivos: Este estudo tem como objetivos desenvolver estratégias de educação em saúde a nível das IST; conhecer as representações e práticas ao nível da sexualidade nos diferentes grupos; combater formas de estigmatização e descriminação; contribuir para a formação dos estudantes de enfermagem e profissionais de saúde; incentivar a atitudes e comportamentos sexuais saudáveis junto das populações; realizar ações que conduzam à prevenção das IST; divulgar e sensibilizar para os rastreios e aproximação às equipas de saúde; envolver os media, como estratégia de informação.
Metodologia: Tal como preconizado pela OMS (2016) serão dirigidos esforços para abordagens combinadas, comportamentais, biomédicas e estruturais baseadas na evidência. No caso da investigação, serão utilizadas metodologias quantitativas e qualitativas de acordo com os objetivos pretendidos. Os instrumentos serão os adequados ao contexto e os resultados tratados em conformidade e para o fim em vista. Será solicitado o parecer da Comissão de Ética e o consentimento informado dos participantes. Para as restantes ações (sensibilização, educação, formação, divulgação), ter-se-á sempre como prioridade o rigor ético na relação com os participantes e tratamento de dados. Todas as ações serão avaliadas.
Resultados esperados: Aumento da literacia da população sobre IST; obtenção de conhecimentos sobre as representações e práticas ao nível da sexualidade dos diferentes grupos; desestigmatização das pessoas com IST, particularmente das pessoas com VIH e sida; melhor formação dos estudantes de enfermagem e profissionais de saúde; melhor sensibilização da população para as IST; investigação, produção científica; divulgação de conhecimento.
Conclusão: O estudo associado permitirá obter melhoria de resultados a nível da prevenção das IST, em geral, e particularmente a nível da infeção VIH. Haverá maior formação e sensibilização da população, dos estudantes e dos profissionais, contribuindo para melhores práticas e mudanças de comportamentos. O conhecimento sobre IST será aumentado permitindo a redução das mesmas e indo ao encontro dos objetivos da OMS e da agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável.
A investigação e a divulgação científica darão contributos à ciência e à sociedade.
Este estudo tem como objetivos desenvolver estratégias de educação em saúde a nível das IST; conhecer as representações e práticas ao nível da sexualidade nos diferentes grupos; combater formas de estigmatização e descriminação; contribuir para a formação dos estudantes de enfermagem e profissionais de saúde; incentivar a atitudes e comportamentos sexuais saudáveis junto das populações; realizar ações que conduzam à prevenção das IST; divulgar e sensibilizar para os rastreios e aproximação às equipas de saúde; envolver os media, como estratégia de informação.
Cunha-Oliveira, A., Caramelo, F., Patrício, M., Camarneiro, A. P.; Massano-Cardoso, S., & Pita, J. R. (2017). Impacto de um programa de intervenção educativa nos comportamentos sexuais de jovens universitários. Revista de Enfermagem Referência, (13) Série IV, 71-82. ISSNp: 0874-0283.
Cunha-Oliveira, A.; Cunha-Oliveira, J.; Cardoso, Ilda; Pita, J. R., & Massano-Cardoso, S. (2011). Adaptação para a Língua Portuguesa da Escala de Embaraço face ao Preservativo. Interações: Sociedade e as Novas Modernidades, 11 (20),133-150. ISSN:0873-0725.
European Centre for Disease Prevention and Control, WHO Regional Office for Europe (2018). HIV/AIDS surveillance in Europe 2018 – 2017 data. Copenhagen: WHO Regional Office for Europe
Matos, M. G., Reis, M., Ramiro, L., & Equipa Aventura Social. (2012). A saúde sexual e reprodutiva dos estudantes universitários: Relatório do estudo: Dados nacionais 2010.
UNAIDS (2015). UNAIDS Strategy 2016-2021. One tlhe Fast – track to end AIDS. Geneva.
Direção-Geral da Saúde (2017). Programa Nacional para a Infeção VIH, Sida e Tuberculose 2017. Lisboa: Direção-Geral da Saúde.
Ministério da Saúde. Direção-Geral da Saúde (2018). Infeção VIH e SIDA Ӏ Desafios e Estratégias 2018 Lisboa: Direção-Geral da Saúde.
WHO (2016). Global Health Sector Strategy on Sexually Transmitted Infection 2016-2021: Towards Ending STIs. WHO: Geneva.
United Nations General Assembly resolution 70/1 – Transforming our world: The 2030 Agenda for Sustainable Development. https://sustainabledevelopment.un.org/content/documents/21252030%20Agenda%20for%20Sustainable%20Development%20web.pdf
Resultados esperados:
01/01/2019
01/01/2025
DETERMINANTES E INTERVENÇÕES EM SAÚDE COMUNITÁRIA E SAÚDE PÚBLICA
Well-being and Health Promotion