A solidão é reportada na literatura como um fator de risco independente para resultados adversos de saúde, apresentando uma associação negativa com a saúde física, mental e social das pessoas idosas. Tendo presente os impactos negativos da solidão, a sua identificação, avaliação e implementação de intervenções é crucial para o envelhecimento saudável. Os instrumentos disponíveis, geralmente, apresentam um grande número de itens, o que dificulta o seu uso na prática clínica. Versões mais curtas estão disponíveis, mas geralmente evitam perguntar diretamente aos participantes sobre a solidão para minimizar os relatos tendenciosos das pessoas. Recentemente, instrumentos de avaliação da solidão têm sido desenvolvidos, nomeadamente, a escala ALONE, que é constituída por cinco itens para rastrear a solidão. O objetivo geral deste estudo é analisar as propriedades psicométricas da Escala ALONE nas pessoas idosas residentes na comunidade e em Estruturas Residências para Pessoas Idosas.

Deste modo, este projeto irá contribuir para validar um instrumento que facilmente pode ser incluído na prática dos profissionais de saúde e sociais e que permite sinalizar as pessoas idosas que vivem sozinhas.

 

O objetivo geral deste estudo é analisar as propriedades psicométricas (validade e fiabilidade) da escala ALONE nas pessoas idosas residentes na comunidade e em Estruturas Residências para Pessoas Idosas (ERPI). Como objetivos específicos pretende-se:
1 - Traduzir, adaptar linguística e culturalmente a Escala ALONE para a população portuguesa;
2 - Avaliar a validade de conteúdo da Escala ALONE para a população portuguesa;
3 - Avaliar a validade de constructo e concorrente da Escala ALONE
4 - Avaliar a fiabilidade interna e externa da Escala Alone.

Considerando as alterações demográficas e sociais que se verificam em Portugal, com especial relevo, para o aumento do índice de envelhecimento e ao aumento de pessoas idosas isoladas e/ou sozinhas é relevante avaliar a solidão com instrumentos confiáveis e válidos e que possam sem aplicados na prática clínica de forma fácil e rápida pelos profissionais de saúde e/ou sociais. Deste modo, este projeto contribuirá para validar um instrumento que facilmente
pode ser implementado na prática dos profissionais de saúde e sociais e que permite avaliar pessoas com solidão severa através de um instrumento curto e compreensivo, como é a escala ALONE. Com esta identificação, e sabendo os efeitos adversos da solidão, os profissionais devem prevenir a solidão, bem como, procurar identificar os fatores de risco da solidão e desenvolver intervenções que possam mitigar esses efeitos, em especial, intervindo nos fatores de risco modificáveis.

CINTESIS&RISE

Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB)

Escola Superior de Enfermagem de Coimbra

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