A presença de uma criança com transtorno do espectro de autismo (TEA), salienta a complexidade das relações familiares estabelecidas, resultantes do cuidar e interação com estas crianças, bem como o defraudar de expetativas previamente estabelecidas. Muitas das situações problemáticas recorrem inicialmente aos Cuidados de Saúde Primários, sendo o contacto mais próximo dos utentes e família. Esta depara-se com um grande desafio, quando no seu seio surge um diagnóstico de doença crónica de um dos filhos. A Satisfação Conjugal, sofre grandes mudanças durante a vida, estando a sua manutenção intimamente ligada, à forma como o casal e, a família como um todo, se adaptam às transições a que estão sujeitos. Estes acontecimentos requerem reorganizações pessoais e relacionais no sistema familiar e nos
diferentes subsistemas nele contidos.

Pretende-se através de um estudo fenomenológico, descritivo de abordagem qualitativa: analisar as vivências de famílias neurodiversas, relativamente ao seu relacionamento conjugal; e, conhecer as perceções das famílias neurodiversas sobre o apoio prestado pelo enfermeiro(a) de saúde familiar. Recorreu-se à utilização de entrevista semiestruturada, através do método de amostragem Bola de Neve.
Com este estudo pretende-se contribuir para o desenvolvimento do conhecimento sobre a forma como um diagnóstico de TEA na família, afeta a saúde do subsistema conjugal; sustentando assim a implementação de intervenções à família, neste âmbito, que tornem visíveis os ganhos em saúde sensíveis aos cuidados de Enfermagem de Saúde Familiar.

Objetivo 1 - Analisar as vivências de famílias neurodiversas, relativamente ao seu relacionamento conjugal
Objetivo 2 - Conhecer as perceções das famílias neurodiversas sobre o apoio prestado pelo Enfermeiro(a) de Saúde Familiar.

Pretende-se com este estudo, contribuir para o desenvolvimento do conhecimento sobre: a forma como um diagnóstico de TEA na família, afeta a saúde do subsistema conjugal; e, a forma como é percecionado, nas famílias neurodiversas, o apoio prestado pelo Enfermeiro(a) de Saúde Familiar. Sustentando assim a implementação de intervenções à família, que tornem visíveis os ganhos em saúde sensíveis aos cuidados de Enfermagem de Saúde Familiar.

Aguarda informação do IP

Bai, G., Herten, M. H., Landgraf, J. M., Korfage, I. J., & Raat, H. (2017). Childhood chronic conditions and health-related quality of life: Findings from a large population-based study. PLoS ONE, 12(6), 1–14. Recuperado de https://doi.org/10.1371/journal.pone.0178539

Diniz, M. S. K. (2018). As emoções dos ex-cônjuges e suas práticas no divórcio litigioso. (Tese de Doutorado em Psicologia), Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Goiânia

Fernandes, A. F. F.; Gallete, K. G. C.; Garcia, C. D. (2018). A importância do cuidado de enfermagem diante do paciente com espectro autista. Revista Terra & Cultura: Cadernos de Ensino e Pesquisa, v.33, n.65, p.33-44.

Figueiredo, M. H. (2012). Modelo dinâmico de avaliação e intervenção familiar: Uma abordagem colaborativa em enfermagem de família . Loures: Lusociência.

Giorgi, A. & Sousa, D. (2010). Método Fenomenológico de Investigação em Psicologia. Fim de Século

Hartley, S. L., Papp, L. M., Mihaila, I., Bussanich, P. M., Goetz, G. & Hickey, E. J. (2017). Couple Conflict in Parents of Children with versus without Autism: SelfReported and Observed Findings. Journal of Child and Family Studies, 26(8), 2152– 2165. doi:10.1007/s10826-017-0737-1

Hirsch, K. H. & Paquin, J. D. (2019). “The Stress of the Situation has Changed us Both”: A Grounded Theory Analysis of the Romantic Relationship of Parents Raising Children with Autism. Journal of Child and Family Studies. doi:10.1007/s10826-019- 01448-y

Koprowski, A. H., Galindo, G. S. P., & Gomes, L. B. (2020). Conflito conjugal e sistema parental: uma revisão integrativa da literatura nacional. Pensando famílias, 24 (2), 15-31. Recuperado de:http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679494X2020000200003&lng=pt&tlng=.

Loureiro, L. (2006). Orientações teórico-metodológicas para aplicação do método fenomenológico na investigação em enfermagem. Revista de enfermagem Referência, 8, 5- 16

Machado, N., Silva, A., & Portes, J. (2022). Estresse Parental e Relacionamento Conjugal em Pais de Crianças com Transtorno do Espectro Autista: uma revisão integrativa da literatura. Contextos Clínicos, v. 15, n. 1, jan./abr. 2022 ISSN 1983-3482 doi: 10.4013/ctc.2022.151.12

May, C., St George, JM., Fletcher, RJ., Dempsey, I. & Newman, LK. (2017). Coparenting competence in parents of children with ASD: a marker of coparenting quality. Journal Autism Dev Disord, 47, 2969-2980

Meleis, A., Sawer, L., Im, E., Messias, D., & Schumacher, K. (2000). Experiencing Transitions: An Emerging Middle-Range Theory. Advances in Nursing Science

Molinaro M. L., Rollo L. E., Fletcher P. C. & Schneider M.A. (2020) Tendo um irmão com TEA: perspectivas de irmãos e seus pais, enfermagem abrangente para crianças e adolescentes, 43:1, 35-47. DOI : 10.1080/24694193.2018.1559256

Ramos, C., Araruna, R., Lima, C., Santana, C., & Tanaka L. (2018). Education practices: researchaction with nurses of Family Health Strategy. Revista Brasileira de Enfermagem. 71(3), pp. 1211-8. https:// doi.org/10.1590/0034-7167-2017-0284

Santos, M. & Barros, L. (2015). Intervenção com Pais de Crianças com Doença Crónica. In Pereira, A., Goes, A.R., & Barros, L. (coord.). Promoção da Parentalidade Positiva: Intervenções Psicológicas com Pais de Crianças e adolescentes. Lisboa: Coisas de Ler Edições, Lda., 2015. ISBN 978-989- 8659-60-6.p.157-209

Semensato, M. R. & Bosa, C. A. (2017). Crenças Indicativas de Resiliência Parental no Contexto do Autismo. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 33, e33416. Epub nov. 30, 2017.https://doi.org/10.1590/0102.3772e33416

Silva, S. H. G. M.; Aziz, A. V.; Vieira, N. M.; Aleixo, M. L. M.; Alencar, B. T.(2021). A assistência de enfermagem diante de pacientes com Transtorno do Espectro Autista (TEA): uma revisão da literatura. Scire Salutis, v.11, n.1, p.36-45, 2021. DOI: http://doi.org/10.6008/CBPC2236-9600.2021.001.0004

Streubert, H. J., & Carpenter, D. R. (2002). Investigação qualitativa em enfermagem: Avançando o imperativo humanista (2ª ed.). Loures, Portugal: Lusociência

Vilelas, J. (2020). Investigação O Processo de Construção do Conhecimento. (3ª ed.). Lisboa: Edições Sílabo