MANAGEMENT OF PAIN AND SUFFERING IN CHILDREN AND ADOLESCENTS

A dor é um fenómeno complexo, multidimensional, com efeitos nefastos na saúde e desafiador para os profissionais de saúde, por se depararem com a dor diariamente. Ela está presente na generalidade das situações que requerem cuidados de saúde, cuja prevenção e controlo é um dever dos profissionais de saúde e um direito dos que dela sofrem, pelo que exige uma ação planeada, organizada e validada cientificamente.

A atenção particular pela dor pediátrica surge em 1977, quando Eland e Anderson constataram diferenças abismais no tratamento das crianças em relação aos adultos em idênticas circunstâncias. Os notáveis avanços feitos na compreensão da dor permitem, atualmente um tratamento humano (eficaz), embora e paradoxalmente esse conhecimento não seja aplicado universalmente. Construir a ponte entre a teoria e a prática constitui o nosso desafio, apesar das ainda muitas interrogações sobre a dor. A inexistência de um marcador biológico específico, o incompleto conhecimento da fisiopatologia e a particular subjetividade na criança tem sido um desafio à investigação em pediatria.

As crianças continuam a sofrer desnecessariamente com a dor e as suas repercussões ainda são pouco valorizadas. Embora nos últimos anos o panorama seja menos sombrio, a precária avaliação e tratamento da dor pediátrica continua a ser amplamente reconhecido. As razões desta evidência são em alguns aspetos, pouco claras. No entanto, estão identificados como obstáculos a pouca sensibilização e insuficiente formação (mitos, preconceitos e atitudes incorretas), a dificuldade em concetualizar e quantificar uma experiência subjetiva como a dor, a falta de avaliação, a insuficiente pesquisa e treino dos profissionais de saúde e a deficiente organização dos Serviços de Saúde.

Sendo a dor pediátrica um problema crítico e prevalente com implicações na saúde e custos para a sociedade, em que se comprova a inconsistência e desigualdades no tratamento, lacunas importantes na formação dos profissionais de saúde e a quase inexistência de dados neste domínio em Portugal levam-nos a estudar esta problemática.


  • Instituto de Psicologia Cognitiva, Desenvolvimento Vocacional e Social (FPCE/UC)
  • Instituto Português de Oncologia do Porto, E.P.E.
  • Hospital Distrital da Figueira da Foz
  • Centro Hospitalar de Coimbra, EPE
  • Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE
  • CHUC - Hospital Pediátrico
  • Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio, EPE
  • Rede ENSI Portugal
  • Rede ENSI Internacional
    • Luís Manuel da Cunha Batalha
    • Maria Matilde Marques Correia
    • Maria Cândida Gomes Carreira
    • Sónia Ribeiro Ferreira

    Informação do projeto

    • Data de início

      01/01/2004

    • Data de conclusão

      Em desenvolvimento

    • Linha Temática

      Self-care and health-disease

    • Target population
      • Pais e/ou cuidadores principais de crianças e adolescentes
      • Profissionais de saúde que cuidam de crianças e jovens
      • Crianças e jovens até aos 18 anos
    • Áreas prioritárias
      • Gestão da dor
    • Coordination Team
      • Luís Manuel da Cunha Batalha Coord. PI
      • Ananda Maria Fernandes Coord.
      • Manuel Gonçalves Henriques Gameiro Coord.
      • Maria Matilde Marques Correia Coord.